Em discurso nesta quinta-feira (28), no plenário da Alesc, o deputado estadual Leonel Pavan (PSDB) citou dados de publicações econômicas mostrando que o mercado de trabalho brasileiro vem enfrentando o drama de assistir a um ritmo de sete demissões por minuto de trabalhadores com carteira assinada. O parlamentar tucano alertou que o país deve registrar um PIB negativo em 3% neste ano de 2015 causando impacto negativo na economia em geral e nas perspectivas de investimento para o ano que vem.
“Entre 2015 e 2016, especialistas afirmam que cerca de dois milhões de pessoas vão engrossar a estatística do desemprego no País, um dado que jamais foi observado na história brasileira”, observou Pavan citando dados da revista Exame. Os levantamentos dão conta de que o Brasil já passou por períodos de demissões em massa no passado, e a taxa anual de desocupação de postos de trabalho já foi até mais alta do que a atual. Entretanto, o País nunca tinha visto uma deterioração tão rápida na questão do emprego. E como o cenário econômico não para de piorar, a estimativa é que esse ritmo do aumento do desemprego aumente dos atuais sete por minuto para 14 trabalhadores demitidos por minuto até o começo do ano que vem. Isto porque o indicador de desemprego mensal nas seis maiores regiões metropolitanas do país, que era de 4,3% em dezembro de 2014, já estava em 7,6% em agosto desde ano, com perspectiva de chegar a 10,5% até dezembro. Pelos cálculos da consultoria GO Associados, de São Paulo, dois milhões de pessoas serão dispensadas até o fim de 2016. Na história brasileira, não há registro de tantas demissões em tão pouco tempo.
O deputado tucano cobrou maior empenho do Governo Federal para enfrentar o avanço do desemprego no país. Pavan enfatizou que segundo a revista com a pressão para colocar as contas do país em ordem, falta dinheiro para o Estado cumprir com uma de suas principais obrigações: liderar o esforço para melhoria da qualidade da educação. E quem está pagando o preço dos erros e da falta de investimento são justamente aqueles para quem o Estado deveria estar mais preocupado, os jovens, que representam o futuro do País e concluiu dizendo que no plano pessoal, o desemprego pode ser devastador. Traz a incerteza para dentro de casa. Exige corte de gastos. Atinge toda a família. Coloca o patrimônio em risco, corrói a autoestima, reduz o consumo, aumenta a inadimplência, eleva a informalidade e empurra a econômica para baixo